- DEFINIÇÃO:
- Transtorno psicótico maior (ou um grupo de transtornos) que usualmente aparece na fase mais tardia da adolescência ou no início da idade adulta que apresenta sintomas diferentes em múltiplos domínios, de forma muito heterogênea em diferentes indivíduos e também variabilidade nos mesmos indivíduos ao longo do tempo.
- FISIOPATOLOGIA:
- Teoria dopaminérgica:
- Produção aumentada de dopamina ou hipersensibilidade de seus receptores no sistema mesolímbico resultando em hiperexcitabilidade sintomas positivos;
- Estado hipodopaminérgico em regiões cerebrais frontais, associado aos sintomas negativos.
- Teoria da vulnerabilidade–estresse–superação:
- Vulnerabilidade (genética) resultará no desenvolvimento de sintomas quando estressores ambientais estiverem presentes e os mecanismos para lidar com eles falharem.
- DIAGNÓSTICO - DSM-IV:
- Dois (ou mais) dos seguintes, cada um presente por um período significativo de tempo durante 1 mês (ou menos, se tratado de forma bem-sucedida):
- Delírios;
- Alucinações;
- Discurso desorganizado (desagregação freqüente ou incoerência);
- Comportamento muito grosseiramente desorganizado ou catatônico;
- Sintomas negativos, isto é, monotonia afetiva, alogia ou avolição.
- Nota: Apenas um sintoma do critério A é necessário se os delírios forem bizarros ou as alucinações consistirem de voz fazendo comentários simultâneos sobre o comportamento ou os pensamentos da pessoa, ou duas ou mais vozes conversando uma com a outra.
- Funções sociais/ocupacionais:
- Uma ou mais áreas funcionais maiores (tais como trabalho, relações interpessoais ou autocuidado) se encontram acentuadamente abaixo do nível atingido antes do início do distúrbio.
- Sinais contínuos do distúrbio persistem por pelo menos 6 meses, período que deve incluir pelo menos 1 mês de sintomas que preenchem o critério A e podem incluir períodos de sintomas prodrômicos ou residuais.
- SUBTIPOS:
- Tipo paranoide:
- Preocupação com delírios de perseguição, geralmente delírios bizarros ou de grandeza e alucinação.
- Tipo catatônica:
- Sintomas psicomotores proeminentes, com sintomas negativos, mutismo, ecolalia e ecopraxia.
- Tipo desorganizada:
- Muito inquieto, confuso, infantil.
- Tipo indiferenciada:
- Características de múltiplos tipos.
- Tipo residual:
- Sintomas negativos sem sintomas psicóticos.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Esquizofrenia [INCOMPLETO]
Estágios de Tanner
- DEFINIÇÃO:
- Estágios de alterações anatômicas que ocorrem em uma sequência previsível no desenvolvimento físico normal em crianças, adolescentes e adultos que definem as medidas físicas das características sexuais primárias e secundárias externas.
- Estágios de Tanner “P” - Pêlos pubianos:
- P1: Nenhum (estágio pré-púbere);
- P2: Pequena quantidade de pêlos longos e finos principalmente na base do pênis ou ao longo do lábio maior;
- P3: Pêlos ficam mais grossos e encaracolados e começam se extender lateralmente, cobrindo esparsamente a sínfise púbica;
- P4: Pêlo adulto, cobrindo densamente a região púbica, porem poupando a parte medial da coxa;
- P5: Pêlo estende até a parte medial da coxa;
- P6: Extensão dos pêlos para cima da região púbica.
- Estágios de Tanner “M” - Mamas (meninas):
- M1: Mama infantil, com elevação somente da papila
- M2: Broto mamário: aumento inicial da glândula mamária, com elevação da aréola e papila, formandouma pequena saliência. Aumenta o diâmetro da aréola, e modifica-se sua textura
- M3: Maior aumento da mama e da aréola, mas sem separação de seus contornos;
- M4: Maior crescimento da mama e da aréola, sendo que esta agora forma uma segunda saliência acima do contorno da mama;
- M5: Mamas com aspecto adulto. O contorno areolarnovamente incorporado ao contorno da mama.
- Estágios de Tanner “G” - Genitais (meninos):
- G1: Pênis, testículos e escroto de tamanho e proporções infantis.
- G2: Aumento inicial do volume testicular (>4ml). Pele escrotal muda de textura e torna-se avermelhada. Aumento do pênis mínimo ou ausente.
- G3: Crescimento peniano, principalmente em comprimento. Maior crescimento dos testículos e escroto.
- G4: Continua crescimento peniano, agora principalmente em diâmetro, e com maior desenvolvimento da glande. Maior crescimento dos testículos e do escroto, cuja pele se torna mais pigmentada.
- G5: Desenvolvimento completo da genitália, que assume tamanho e forma adulta.
domingo, 14 de dezembro de 2014
Vasculites [INCOMPLETO]
- CLASSIFICAÇÃO:
- Vasculites com predomínio de grandes vasos:
- Arterite temporal ou de células gigantes;
- Síndrome de Cogan;
- Doença de Behçet;
- Arterite de Takayasu.
- Vasculites com predomínio de vasos de médio calibre:
- Poliarterite nodosa clássica (PAN);
- Doença de Kawasaki;
- Vasculite isolada do SNC;
- Tromboangeite obliterante ou doença de Buerger.
- Vasculites com predomínio de vasos de pequeno calibre:
- Granulomatose de Wegener;
- Poliangiite microscópica (PAN microscópica);
- Síndrome de Churg-Strauss;
- Púrpura de Henoch-Scholein ou anafilactoide;
- Vasculite crioglobulinêmica;
- Vasculite cutânea Leucocitoclástica.
- POLIARTERITE NODOSA CLÁSSICA:
- Principais artérias acometidas:
- Aa. renais, aa. dos nervos periféricos, aa. coronárias, aa. musculares e aa. Testiculares.
- Epidemiologia:
- Prevalência: 6/100 mil habitantes;
- Mais comum em homens (2:1) e entre 40 e 50 anos de idade.
- Acometimento sistêmico:
- Vasculite neural:
- Mononeurite múltipla;
- Vasculite gastrointestinal:
- Artéria mesentérica superior;
- Dor abdominal com piora à alimentação;
- Pode ocorrer infarto ou perfuração intestinal.
- Vasculite renal:
- Aa. Interlobares > infartos renais;
- Hipertensão renovascular e IR progressiva;
- Não há glomerulonefrite (presente na PAN microscópica).
- Apresentação clínica:
- Sintomas gerais;
- Infartos digitais;
- Púrpura (livedo reticular);
- Poliartrite migratória;
- Dor ao se alimentar (vasculite de aa. Mesentéricas);
- Dor testicular;
- Mononeurite no pé (pé caído);
- Hipertensão (vasculite renal);
- HBsAg ou Anti-HBs + (30% dos casos).
- Critérios diagnósticos (American College of Rheumatology – ACR):
- Perda de peso > 4 Kg;
- Livedo testicular;
- Dor testicular;
- Astenia e mialgias;
- Mononeurite múltipla;
- Hipertensão arterial diastólica de início recente;
- Ureia > 80 mg/dL ou creatinina > 1,5 mg/dL;
- HBsAg ou Anti-HBs;
- Aneurismas e estenoses de artérias viscerais (mesentéricas, celíacas, renais);
- Biópsia de artérias de médio e\ou pequeno calibre com neutrófilos.
- Presença de 3 ou mais critérios (sensibilidade: 82,2%; especificidade: 86,6%).
- Tratamento:
- Tratamento da PAN clássica:
- Ciclofosfamida 2mg/Kg/dia;
- Predinisona 1 mg/Kg/dia.
- Após remissão:
- Predinisona em dias alternados com redução lenta até suspensão em 6 a 12 meses.
- Formas limitadas:
- Predinisona 60 mg/dia.
- DOENÇA DE KAWASAKI:
- Apresentação clínica:
- Criança < 5 anos;
- Febre por mais de 5 dias;
- Exantema polimorfo;
- Congestão ocular em 2 a 4 dias da doença;
- Língua em framboesa;
- Eritema e edema palmo-plantar após 10 dias da doença;
- Linfadenopatia cervical aguda não-supurativa;
- Outros: Diarreia, vômitos, disfunção hepática, hidropsia de vesícula biliar, rinorreia, faringite necrosante, otite média, pneumonia, meningite asséptica, nefrite e IRA, orquite, etc.
- Critérios diagnósticos:
- Febre entre 38 e 40°C maior que 5 dias (obrigatório)
- Exantema polimorfo
- Congestão ocular
- Língua em framboesa
- Eritema e edema palmo-plantar -> descamação periungueal após 10 dias
- Linfadenopatia cervical aguda não-supurativa
- Pelo menos 5 critérios
- Nota: obrigatório solicitar Ecocardiograma para avaliação de coronárias
- Tratamento:
- Imunoglobulina EV 2g/kg:
- Dose única, infundida em 12 horas;
- Iniciar na fase febril;
- Efetiva se aplicada até o 10º dia da doença.
- Salicilatos 100 mg/Kg/dia:
- Manter até 3 dias após o fim da febre;
- Reduzir para dose antitrombótica (3 a 5 mg/Kg/dia) até normalização das plaquetas;
- Manter indefinidamente na presença de aneurismas.
- VASCULITE ISOLADA DE SNC:
- Características gerais:
- Etiologia desconhecida;
- Alterações restritas ao SNC;
- Ausência de critérios diagnósticos.
- Manifestações clínicas:
- Sinais neurológicos focais;
- Cefaleia;
- Convulsões;
- Desorientação e amnesia.
- Diagnóstico:
- Exclusão;
- Biópsia – vasculite granulomatosa.
Síndromes Nefríticas [INCOMPLETO]
- DEFINIÇÃO:
- Lesão glomerular inflamatória
- CARACTERÍSTICAS:
- Hematúria:
- Urina cor de coca-cola;
- Cilindros hemáticos no EAS.
- Proteinúria:
- Maior do que 150 mg/dia;
- Menor do que 3g/dia.
- TFG (Taxa de Filtração Glomerular) reduzida:
- Aumento de BUN e creatinina;
- Relação BUN/Cr > 15.
- Função tubular intacta;
- Oliguria.
Manifestações clínicas
•Hipertensão
•Edema
•Hematúria macroscópica
Glomerulonefrite pós-estreptocócica
•Etiologia:
•Streptococus pyogenes beta-hemolítico grupo A (sorotipos M1, M4 e M12)
•Fisiopatologia:
•Deposição de imunocomplexos circulantes
•Formação in situ de imunocomplexos pela deposição de antígenos na membrana basal glomerular (MBG)
•Reação cruzada de anticorpos contra componentes da MBG
•Ativação da via alternativa do complemento
Manifestações clínicas
•Varia de hematúria microscópica assintomática até sindrome nefrítica caracterizada por hematúria, proteinúria, edema, hipertensão e elevação da creatinina sérica
•1 a 3 semanas após faringoamigdalite ou 3 a 6 semanas após escarlatina ou piodermite
•Edema (85%), hipertensão arterial sistêmica (50 ‐ 90%), hematúria macroscópica (40%)
Exames Laboratoriais
•C3 diminuído, C4 normal ou levemente reduzido
•EAS:
•Hematuria com dismorfismo eritrocitário
•Cilindros hemáticos
•Piuria
•Proteinuria (entre 150 mg e 3g/dia)
•Elevação variada da creatinina
Marcadores:
Cilindros hemáticos,
Glomerulonefrite,
Glomerulonefrite pós-estreptocócica,
Resumo,
Síndrome nefrítica,
Spreptococus pyogenes
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